sexta-feira, 29 de abril de 2011

Peso ideal: 64kg

Um corpinho esbelto dividido em duas malas e nada mais (eu e minhas piadas fracas). É o que as empresas aéreas permitem transportar em viagens internacionais para a Europa. Parece bastante né? Na vinda é praticamente impossível muito difícil trazer 64kg de tralha (só se você for muito desesperado e apegado às suas coisas – e apego aqui não funciona!). O problema está na volta! Eu mesma, antes de vir, já separei a grana pra pagar o excesso de bagagem do retorno!

 Fonte: TAM

Pra começar, confira as dimensões máximas da mala que a empresa aérea permite que você leve. Lembre-se que além dessas você ainda pode levar um volume pequeno de até 10kg como mala de mão. (É muita coisa!). O próximo passo é: libere um cômodo da sua casa, abra as malas e o seu guarda-roupa e comece a escolher o que GOSTARIA de levar, não o que vai levar de fato (minha sugestão - você ainda vai mudar muito de ideia). Particularmente comecei a arrumar minhas malas 15 dias antes da viagem, pra mim foi suficiente pra pensar, tirar e pôr as coisas várias vezes. Eu aconselho separar um cômodo porque esse vai ser seu quartinho da bagunça até o dia de fechar a mala AKA horas antes da viagem. Vai ser o espaço que sua mãe não vai conseguir faxinar e vai brigar contigo o dia inteiro porquediabos você ainda não fechou a mala e acabou com aquela zona!
Preste atenção nos itens que não podem viajar na mala de mão; nos que só podem ser transportados se forem despachados e aqueles que não podem ir de jeito nenhum ou que possuem algumas restrições. Eu segui o guia da TAM.

Dica: pra garantir espaço para os presentinhos da volta, tente não abrir o extensor da mala já na ida. Isso garante também que sua mala não ultrapasse o limite de peso.

Separadas as roupas, tem início o próximo problema passo: socar pôr dentro das malas. É aí que se tem noção dos supérfluos e extravagâncias que jamais serão usados.

Dica: mãe, um oráculo. Ela não falha, sabe exatamente o que levar. Consulte-a SEM FALTA.

A parte boa são as aulas grátis de gerenciamento de espaço! Pra saber como melhor aproveita-lo, peguei algumas dicas preciosas no Efetividade.net de como arrumar uma mala e que compartilho aqui:

Como arrumar a mala com efetividade [Parte 1]  -  [Parte 2]  -  [Parte 3]


Como a viagem é longa e nós bem sabemos o “cuidado” que as empresas aéreas tem com a bagagem, essas dicas também garantem que as roupas não cheguem TÃO amassadas no destino.

Dica: Leve roupas/utensílios/acessórios que você esteja prestes a promover o desapego e possa deixar aqui. Coisas só com passagem de ida mesmo! Isso também já libera espaço pra volta.

Fechou a mala? Nada de sentar em cima pra fechar o zíper! Lembre dos presentinhos e das roupas novas! Feito isso é hora de usar a criatividade para sinalizar sua mala. Não importa que ela seja rosa de bolinhas verdes, sempre vai ter uma mala igual na esteira (Murphy!). Fitas, bordados, adesivos, vale tudo. É interessante também colocar a já conhecida tag com seus dados pessoais.

Está achando que tem mais de 32kg? Vá até a farmácia e pese.

Um serviço interessante que criaram foi esse tal de Protect Bag. Além de alguns danos físicos, evita também que ninguém viole sua bagagem e coloque algo que você não quer que os cães farejadores encontrem! (por isso o conselho de não abrir a mala se esse invólucro plástico estiver rasgado) Em troca eles também dão um seguro de bagagem.

Como a mala da vinda provavelmente não ultrapassará os 32kg, reserve um espaço para fotocópias de documentos. Posso parecer exagerada (é melhor prevenir que remediar?), mas fiz fotocópia de tudo o que eu tinha, 3 cópias de cada. Coloquei um envelope em cada mala despachada e o outro levei comigo na mala de mão. Vai que uma mala se perde no caminho, né?
  • Documentos brasileiros – passaporte; visto; CNH; cartão de crédito internacional; comprovante de residência.
  • Comprovantes – confirmação de compra de passagem de ida e de volta com datas marcadas; apólice do seguro saúde que falei aqui; comprovante de IR dos responsáveis; receita de algum remédio que seja de uso contínuo.
 Para a retirada de alguns documentos aqui (na Itália pelo menos) eles pedem a fotocópia de todas as páginas do passaporte, inclusive as em branco. Aconselho trazer duas cópias disso.

Já não bastasse trazer tudo aquilo que não dá pra viver sem, existem aqueles itens que é interessante trazer pela comodidade dos primeiros dias, pra evitar maiores problemas enquanto você não se vira tão bem com a língua, mas que não considero fundamentalmente necessário. Tais como itens de higiene pessoal, muitas fotos 3X4 (umas 10), remédios pra tudo! (não fiscalizaram quantidade nem pediram receita pra mim), uma sacola retornável (aqui a sacolinha plástica no mercado custa de 0.09€ a 0.18€ cada), cartões de visita (!) e se eu lembrar de mais alguma coisa, atualizo o post.

Ufa! Agora sim, pode ir arrumar suas malas!

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Não caia de paraquedas na cidade

O Google já respondeu muito sobre a universidade, certo? Sobre a cidade então nem se fala!
Claro que o essencial e mais importante só se aprende inloco, mas é interessante pesquisar, além da história e dos pontos turísticos, um pouco sobre os costumes locais, o que vai encontrar por aqui, afinal vai passar uns bons meses em contato com uma cultura diferente e é bom não levar um choque e achar que vai comer arroz, feijão, bife e batata frita todo dia! (salivei)
E antes de qualquer coisa tenha pelo menos uma noção da língua local. Na universidade os professores até falam inglês (apesar de ser com sotaque e MUITO difícil de entender), mas tem o dia-a-dia que inclui pedir informações, fazer compras, trocar umas palavras com o coleguinha. E, sinceramente, se você esta disposto a fazer uma viagem tão longa pra passar tanto tempo, o mínimo que o povo local espera de você é o conhecimento da língua.
Muito O mais importante se aprende por aqui, mas todo mundo reconhece o esforço e faz o possível pra entender, mesmo que depois você pare e pense que inventou um tempo verbal achando que tava abafando (experiência própria).
Infelizmente nossa moeda ainda não alcançou a valorização das demais, por isso é legal pôr na ponta do lápis quanto você pode/está disposto a investir (conhecimento > investimento). Junte as informações que arrancou do colega que já morou fora + o valor médio do custo de vida do lugar pra ter uma noção, não esquecendo os gastos antes da viagem (que vou falar em outro post).
Provavelmente o transporte público será seu companheiro, então procure saber como é se locomover pela cidade. Nesse quesito Milão não deixa nenhum pouco a desejar, tem tram, ônibus, metro e trem suburbano que te leva pra qualquer canto pagando apenas pela tarifa urbana.

PelamordeDeus NÃO ESQUECA de conferir a temperatura que vai fazer no período que você vai morar la! No semestre pode fazer de -5 a +40, portanto esteja preparado. Claro, não se assuste e pense que jamais vai caber tudo na mala. Seja prático, você vai lavar suas roupas e comprar varias outras novas, com certeza. Mulheres: infelizmente não da pra trazer o guarda roupa com aquela infinidade de combinações :(

Planejamento pronto, bora arrumar as malas!

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Mostre-se interessado

Se você já tem ao menos uma ideia pra onde pretende ir, jogue o nome da universidade no Google e vá atrás! Geralmente o próprio site da faculdade disponibiliza uma série de informações sobre os cursos, incluindo as matérias, plano de estudo (se você pretende validar alguma matéria no Brasil, isso é legal). E sempre tem um blog perdido por aí -cof cof- de quem conta sua experiência. Perca um tempinho, informe-se! A minha pesquisa começou há quase um ano e isso deve parecer bastante tempo. Pelo contrário, quanto mais você pesquisa, mais informação encontra e isso tudo vai somando pra hora de escrever a carta de motivação. Dizer nas entrelinhas que você conhece a universidade e não está indo só a turismo, no mínimo, arranca um sorrisinho de quem estará lendo.

Sobre o Polimi posso indicar esses links:


Não sei se as demais universidades da Europa são assim (desculpem-me a ignorância), mas aqui o esquema das aulas é um pouquinho diferente. A maioria aulas são dadas por mais de um professor, como os laboratórios de projeto por exemplo. Cada um é responsável por um tipo de orientação, especialista em alguma área de conhecimento. Por exemplo, a disciplina de Laboratório de Desenho é dividida em Elementos do desenho, Instrumentos e técnicas do desenho e Modelos para o Design e tem um professor que vai te orientar na área respectiva. Sinceramente achei muito legal! Assim você tem várias opiniões de pessoas diferentes, de segmentos diferentes que só somam no resultado final do projeto, não fica aquela coisa superficial que parece que o professor está fazendo por obrigação. Isso também conta na soma de créditos. Tem matéria de projeto que tem 14 créditos!
O Polimi disponibiliza uma cartilha que é o bê-á-bá do intercambista (que já falei aqui). Ali diz tudo o que você precisa saber E fazer antes, durante e depois que chegar aqui.
Digo de antemão pra quem possui a cidadania italiana que fica tudo mais fácil e menos burocrático.

Como em toda universidade, aqui também tem a secretaria responsável pelo intercambista, aqui se chama Studesk. Cada campus do Polimi tem o seu. Aqui tem os endereços, e-mail e telefone.
Mas uma coisa que chamou a minha atenção foi a organização desse povo e a preparação para receber o estudante estrangeiro. Depois que recebe a carta de aceite você se inscreve no site da universidade, fazendo uma espécie de “pré-matrícula”. Depois disso, sem brincadeira, tinha ao menos um e-mail por semana oferecendo alguma informação, sem falar que eles sempre foram super solícitos na hora de responder os e-mails com dúvidas. Eles reservam uma porcentagem das vagas para estudantes extra-UE, então estão acostumados a lidar com essa "espécie" humana assustada.
Deixando o mais útil para o final... O que ajuda muito é trocar uma ideia com quem já foi ou está estudando fora, e se for pra mesma universidade que você pretende ir, melhor ainda! Do contrário, seja cara de pau e converse com aquele conhecido para saber mais como é morar em outro país, como é assistir aula em outra língua, os costumes do lugar, etc. Todo ser humano gosta de contar suas experiências, com certeza você vai arrancar muita informação :)

terça-feira, 26 de abril de 2011

Hora do chá de cadeira

Uma coisa que ajuda na hora de decidir com quanto tempo de antecedência você deve chegar aqui é contar o tempo perdido resolvendo as burocracias para legalizar a estadia. E, como todo órgão público, existem filas imensas e funcionam em horários diferenciados. Entao fique atento, leve seu lanchinho e uma dose extra de paciência.
Eu cheguei aqui uma semana antes de começarem as aulas, e acho que foi pouco tempo. Tive 5 dias úteis pra dar entrada na papelada, me apresentar na universidade e procurar um lugar pra morar. Conheci pessoas que chegaram 3 semanas antes, deu tempo até de fazer turismo pela região! Então, se for possível antecipe sua vinda, é mais vantajoso.
A primeira fila O primeiro documento a ser feito é o tal do Permesso di Soggiorno ou Residence Permit. É o mais caro, mais chatinho e mais demorado pra fazer. É obrigatório retirar o formulário até 8 dias depois da chegada. Pra ter uma noção estou aqui há mais de um mês e ainda não tenho meu Permesso! Quem precisa fazer: cidadãos de países que não fazem parte da união européia e que permanecerão no país por mais de 90 dias. É esse papel que garante que você não é um imigrante ilegal. Não vou me ater aos detalhes porque o guia que o Polimi distribui explica certinho como fazer + o custo do documento.

Milão tem um sistema de transporte público integrado que é coisa linda de Deus! Pra ajudar os estudantes com menos de 27 anos podem fazer a carteirinha de estudante que dá o “abonamento”. Custa 17€ por mês e é livre para andar de tram, ônibus, metrô e trem suburbano 24h por dia, 7 dias por semana. Uma maravilha! Ele pode ser feito no ponto de atendimento da ATM (empresa que cuida do transporte público aqui) localizado na parada do metrô Duomo. Esse cartão salva os finais de semana quando você não tem mais um pila no bolso e apela pro turismo grátis pela cidade.
Para abrir conta de banco e/ou assinar qualquer contrato por aqui eles vão te pedir o Codice Fiscale. É uma identificação alfanumérica com equivalência ao CPF aí no Brasil (exemplificando de maneira bem simplória). Nós só fizemos porque encontramos o apartamento através de uma agência imobiliária e tinha um contrato pra assinar. Usei também para comprar o chip do celular.

Dica: Falando nisso... deixe pra comprar um chip de celular aqui, as tarifas são infinitamente mais vantajosas. Inclusive para ligações internacionais e envio de SMS.
Todas as informações detalhadas você pode encontrar aqui nesse guia.
Uff! Post chato, hein!?

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Planejamento começa em ...3 ...2 ...1

Nem dá tempo de digerir a noticia e já começa a correria. Aí você descobre que o país pra onde você esta indo exige mais coisas que você imaginava. Mas calma, dá tempo! Eu mesma não entendo ate hoje como resolvi tudo em menos de um mês (que era o que eu tinha).
Tudo começa com a retirada do visto de estudo, e pra ele já é exigido um saco de coisas! Mande um e-mail para o Consulado e peça a listinha do que é exigido. O visto é gratuito e pode ser retirado de um mês a uma semana antes da viagem.
Santa Catarina não tem Consulado da Itália, por isso marque aí sua primeira viagem: Curitiba. O Consulado atende só no período da manhã e, quando eu fiz, eles atendiam apenas 4 pessoas por dia no setor de vistos. Então chegue cedinho! Eu tive sorte de retirar o visto no mesmo dia, do contrário eles dão um prazo de até 8 dias.
Depois, planeje o dia da ida e da volta pra poder comprar as passagens. Máximo de antecedência: preços mais baixos, certo?
Os estados da União Européia que fazem parte do Acordo de Schengen exigem um seguro de vida válido internacionalmente com um valor de cobertura pré-estabelecido. Não sabe nem por onde começar a procurar? Vá direto a uma agência de viagens, lá vao saber informar e fazer tudo certinho. Existe também um seguro oferecido pelo INSS que é especialmente para esse acordo Brasil-Itália. Segundo me informaram, ele é feito na Secretaria de Saúde do Estado. Como eu não tive tempo e nem acesso a uma secretaria, optei pelo particular.

Dica: chegando aqui percebi que esse do INSS é mais vantajoso pela questão de fazer parte desse acordo bilateral, parece que é mais bem visto pelos órgãos públicos. Quem sabe valha a pena ir atrás e ver como funciona, quem sabe nem tenha custo.

Recentemente nosso querido governo brasileiro aumentou os impostos para compras feitas no exterior com cartão de crédito. Então é uma alternativa de dinheiro a ser deixada pra um “plano B”. A opção mais vantajosa, na minha opinião, é esse Visa Travel Money. Ele é feito em agências bancárias e casas de câmbio. Se o cartão estiver no seu nome, pode autorizar outra pessoa a carregar (mãe e pai, por exemplo). É um cartão recarregável que funciona aqui com a função de débito. Funciona em quase todos os terminais bancários para saque.
Dependendo para onde você vai, o país exige carteira de vacinação atualizada e algumas vacinas especificas. Para a Itália por sorte não tinha nada, porque foi uma coisa que eu soube no aeroporto que era interessante levar. A carteira internacional de vacinação pode ser feita no aeroporto, só precisa apresentar a sua carteira nacional e um documento de identidade.

PS.: Se você possui dupla cidadania, esqueça o que eu disse aqui.
Já achou isso chato? Calma que tem mais...

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Também quero fazer intercâmbio! E aí?

Como tudo aqui, vou contar da minha experiência, de como eu fiz.
Então lá vai...
Na minha universidade (provavelmente na sua também) existe um órgão/secretaria responsável pelos assuntos de relações exteriores. Na UFSC é a Sinter. Eles abrem dois processos anuais para inscrição para fazer intercambio (respectivos a cada semestre). Fique atento aos prazos de inscrição e tudo o que eles pedem pra enviar, na UFSC é com um semestre de antecedência, bastante tempo.
Aqui eles pediram a principio uma carta de motivação na língua do país que você deseja estudar, um atestado de matrícula e o seu currículo traduzido para a língua do país também.
Como eu ainda estava tomando coragem se fazia ou não, viajava ou não, fui mandando bem despretensiosamente contando com a sorte, mas claro, mandei tudo caprichadinho como se fosse entregar a Carta de Motivação ao coordenador com olhos de gato do Shrek.
Enviados todos os documentos para essa Secretaria, a batata quente fica com ela também. Aí entre milhares de telefonemas cobrando uma solução, foi só aguardar. Como não nasci virada pra lua, é ÓBVIO que ia acontecer alguma caca com meu processo. Depois de mais de um mês que a papelada foi enviada voltei à secretaria pra cobrar uma resposta (eu também não aguentava mais de ansiedade). Foi quando descobri que NEM tinham enviado meu pedido. Saí arrasada! Do estilo ligar pra mãe aos prantos, no meio da rua falando alto e xingando Deus e o mundo. E acho que isso resolveu. Porque no outro dia, num passe de mágica, eles resolveram o problema. PORÉM vieram as letras miúdas dizendo que eu só poderia estudar Arquitetura. Aí tudo foi um alivio, no fim deu tudo certo e pelo menos meu processo estava na mesa do Polimi pra avaliação.
Aí foi só aguardar até o dia que a carta de aceite chegasse na caixa de correio. Me chame de ser humano emocional, besta, exagerada ou qualquer coisa do tipo, mas acho que nunca vou esquecer esse dia.
Depois disso é partir pra compra de guias do país, da cidade; comprar as passagens, sofrer por antecipação de saudade de todo mundo e... outras coisas que ficam pro próximo post!

Ciao!

Mais um blog sobre a experiência de alguém no exterior.
“Mais um”? Acredito que não seja a forma correta de definir. Assim como todos que já tiveram a sua, eles a definem como única e particular. Sendo assim, acredito que a experiência transmitida, mesmo que superficialmente através de um blog, possa servir de orientação e ânimo para quem pensa em se aventurar mundo afora. E desde já eu aconselho: corra atrás que vale muito a pena!

Pra quem não me conhece me chamo Grasiele Pilatti (Grasi, por favor), sou natural de Videira – SC, porém há 5 anos fiz parte do contingente que se mudou pra capitaR em busca de algo que a cidade natal não oferecia. Estudo Design Gráfico na UFSC – Universidade Federal de Santa Catarina e teoricamente estaria me formando esse mês! Thumbs up! Só que há mais ou menos 8 meses atrás tomei coragem e levei mais a sério a vontade que eu tinha desde o início da faculdade que era fazer um intercâmbio para estudar em outro país. Hoje estudo Arquitetura (o porquê eu explico mais tarde) no Politecnico di Milano e, como o nome já diz, em Milão na Itália. Vim através de um programa de intercâmbio que consiste num acordo bilateral entre Brasil e Italia que permite essa “mobilidade internacional”. Aqui sou do Erasmus que é um programa de apoio interuniversitário de mobilidade de estudantes do Ensino Superior entre estados membros da União Europeia e que permite a alunos que estudem noutro país por um período de tempo entre 3 e 12 meses. (Fonte: Wikipedia)
Minha motivação maior para vir fazer esse intercâmbio (além de outros milhares de motivos) foi o fato de poder estudar matérias que contribuiriam estão contribuindo com meu TCC e a carreira futura que pretendo seguir assim que me formar, que é na área de Design de Interiores.
Por que Milão? A escolha partiu do país -Italia- quando comecei a estudar italiano há 3 anos pensando que um dia poderia vir pra cá (parece meio superficial, mas pior que foi assim mesmo!). Claro que meu pai, italiano daqueles que fala 3 palavrões a cada frase, adorou e me deu o maior apoio! Isso foi crucial. Depois a escolha foi pela universidade. Particularmente, desde que entrei na faculdade ouvia muito falar do “Politecnico di Milano” e eu na minha santa ingenuidade achava que era um plano inalcançável (até o dia em que recebi a carta de aceite daqui. Foi lindo!). A cidade veio no pacote. E QUE BOM! Tudo bem que ainda vou falar muito de Milão em outros posts, mas se você é designer ou da área da moda, teu lugar é aqui! Estar em contato direto com a “fonte” de tudo que sempre me deu prazer em estudar é minha maior satisfação! E vai dizer… como é bom ser apaixonado pelo o que se faz!
Por que diabos estou fazendo Arquitetura aqui se estudo Design Gráfico no Brasil? A escolha não foi minha! Eu explico… Acontece que a minha universidade só tem convenio com o Campus do curso de Arquitetura (Campus Leonardo). Por um lado foi ótimo, já que vim pra cá pra estudar interiores e a arquitetura tá cheia de matérias relacionadas a isso, mas pense na minha tristeza momentânea ao saber que não poderia cursar nadinha do curso de Design de Interiores! (que fica no Campus Bovisa – o campus dos cursos de Design). Enfim, sorte minha que as matérias mais legais são do primeiro semestre, então eu nem conseguiria pegar.

Estou há pouco mais de um mês aqui em Milão e nesse tempo várias histórias já se acumularam, daí a necessidade de compartilhar tudo com a família e os amigos queridos. E, convenhamos, nada mais prático que um blog! Espero recuperar esse tempo “perdido” e contar tudo como foi antes mesmo de viajar, pra ajudar o povo que está vindo, o que pensa em vir e claro, mandar notícias pros queridos!
Aguardem cenas do próximo capítulo…
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